XXV JOGOS FLORAIS DA AURPICAS
Modalidade: DÉCIMAS
Título: SE UM SOPRO DE POESIA…
Mote:
“A razão do sentimento
Brilha mais dentro de nós
Se o fulgor do pensamento
Levar longe o sonho, a voz.”
“Jorge Marques”
Glosas:
I
As ervas fecham caminhos
Não há carreiro, nem atalho
Nem menino, nem espantalho
Para espantar passarinhos.
Não se perderam os ninhos
Perdeu-se o moinho de vento…
Lá no monte alto e atento
Em ruínas vive à margem
A recortar na paisagem
A razão do sentimento.
Modalidade: DÉCIMAS
Título: SE UM SOPRO DE POESIA…
Mote:
“A razão do sentimento
Brilha mais dentro de nós
Se o fulgor do pensamento
Levar longe o sonho, a voz.”
“Jorge Marques”
Glosas:
I
As ervas fecham caminhos
Não há carreiro, nem atalho
Nem menino, nem espantalho
Para espantar passarinhos.
Não se perderam os ninhos
Perdeu-se o moinho de vento…
Lá no monte alto e atento
Em ruínas vive à margem
A recortar na paisagem
A razão do sentimento.
II
Merecia melhor sorte
Ter amor ser respeitado
Jaz ali abandonado
Fraco…Que já foi forte.
Ainda mantém o porte
Do tempo dos meus avós…
Já se perderam as mós
Sem que ninguém o impeça.
Só o vil metal interessa
Brilha mais dentro de nós.
III
Mas esse brilho voraz
Por onde passa destrói.
Só, o moinho ainda mói
A alma que não tem paz.
Eu sonhei que era capaz
De o tornar num monumento…
Foi loucura de momento
Pobre de mim!...Na verdade
Não sei se foi a saudade
Se o fulgor do pensamento.
IV
Moeu o trigo deu pão
Ao girar das brancas velas
Hoje nada resta delas
Por tamanha ingratidão!...
O mundo em evolução
Tem os seus contras e prós.
Moinhos sós Homens sós…
Tudo mudará um dia
Se um sopro de poesia
Levar longe o sonho, a voz.
Merecia melhor sorte
Ter amor ser respeitado
Jaz ali abandonado
Fraco…Que já foi forte.
Ainda mantém o porte
Do tempo dos meus avós…
Já se perderam as mós
Sem que ninguém o impeça.
Só o vil metal interessa
Brilha mais dentro de nós.
III
Mas esse brilho voraz
Por onde passa destrói.
Só, o moinho ainda mói
A alma que não tem paz.
Eu sonhei que era capaz
De o tornar num monumento…
Foi loucura de momento
Pobre de mim!...Na verdade
Não sei se foi a saudade
Se o fulgor do pensamento.
IV
Moeu o trigo deu pão
Ao girar das brancas velas
Hoje nada resta delas
Por tamanha ingratidão!...
O mundo em evolução
Tem os seus contras e prós.
Moinhos sós Homens sós…
Tudo mudará um dia
Se um sopro de poesia
Levar longe o sonho, a voz.
Helena Eusébio Santos